Enxame de Satélites Ameaça Imagens do Telescópio Hubble: O Espaço Está Lotado Demais?
Está ficando muito cheio lá em cima! Nosso amado telescópio Hubble, junto com outros orbitando a Terra, está enfrentando um problema crescente: rastros de satélites atrapalhando as imagens. Você consegue imaginar que, depois de todo o esforço para desenvolver um telescópio tão poderoso e preciso, algo assim possa comprometer a qualidade das imagens?
De acordo com um estudo da NASA, rastros de satélites podem estragar quase 40% das imagens do Hubble e impressionantes 96% das imagens de outros telescópios na próxima década. Isso é muita coisa! E pode realmente prejudicar nossa capacidade de detectar asteroides potencialmente perigosos ou descobrir novos planetas. O sonho de ter uma visão mais clara do espaço está desaparecendo, tudo graças à poluição luminosa dessas mega-constelações de satélites.
Alejandro Borlaff, o autor principal do estudo, coloca de forma direta: toda a sua carreira foi dedicada a melhorar os telescópios, apenas para encontrar algo que poderia piorar significativamente as coisas. A pura escala do problema é alucinante. Com custos de lançamento mais baratos e a ascensão de empresas como a Starlink, o espaço está se tornando um caótico vale-tudo. Quero dizer, quem diria que lançar milhares de satélites poderia criar tanta dor de cabeça?
O que é ainda mais preocupante é que esses satélites não estão apenas photobombando nossos telescópios; eles estão refletindo a luz do sol, a luz da lua e até mesmo a luz da Terra, o que distorce as imagens. Essa luz refletida pode esconder detalhes cruciais que os cientistas precisam observar. Por exemplo, os cientistas podem perder uma mudança no brilho de uma estrela que indica a presença de um exoplaneta, tudo porque um satélite decidiu photobombar a imagem na hora errada.
O número de satélites triplicou nos últimos cinco anos, e estima-se que cresça 35 vezes mais nos próximos 10 anos!
Então, o que podemos fazer? Bem, encontrar soluções é crucial, e rápido! Algumas ideias incluem projetar satélites mais escuros e menos refletivos. No entanto, isso cria outros problemas, pois esses satélites tendem a superaquecer e emitir mais luz infravermelha. Outra estratégia é agendar imagens para horários em que os satélites tenham menos probabilidade de cruzar o campo de visão, mas isso se torna cada vez mais difícil à medida que o espaço fica mais lotado.
Em última análise, será necessário um esforço colaborativo entre empresas, governos e agências espaciais. Talvez colocar satélites em órbitas mais baixas ou regular sua implantação possa ajudar. Como diz Borlaff, é preciso haver uma maneira sustentável de coexistirmos no espaço. Eu não poderia concordar mais.
Fonte: The Verge